OS DESÁFIOS DO NEAB (NÚCLEO DE ESTUDO AFRO-BRASILEIRO DE ARAÇATUBA) NA IMPLEMENTAÇÃO DA LEI 10.639/03 EM ARAÇATUBA
OS DESAFIOS DA IMPLEMENTAÇÃO DA LEI 10.639/03 EM
ARAÇATUBA
A Lei Nº 10.639 de 9 de Janeiro de 2003
Altera a
Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as
diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da
Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura
Afro-Brasileira", e dá outras providências.
Com o início da parceria
Secretaria Municipal de Participação Cidadã, Associação Cultural Afro Brasileiro
de Araçatuba, Secretaria Municipal de Educação com o aval do Prefeito Cido
Sério, assinando o Termo de Compromisso de implementação da Lei 10.639/03, foi o
marco da criação do Núcleo de Estudo Afro Brasileiro. Discutir, enfim, um tema tão complexo é a
tarefa de todos os envolvidos.
O primeiro passo foi dado no
HTPC (curso de formação para professores). Com a iniciativa de alguns
professores em participar do NEAB - Núcleo de Estudo Afro Brasileiro
possibilitou a formação do Grupo que vem atuando na pesquisa e estudo da
História e Cultura Afro Brasileira. A
Lei 10.639/03 contribuirá para o resgate da tradição e da valorização da
identidade negra. Este conhecimento da cultura a partir da educação fundamental
auxiliará a formar uma geração na qual o aluno afrodescendente passará a
mirar-se mais positivamente na história de seu povo. Podendo reivindicar conscientemente o direito
à igualdade de oportunidade nesta nação que os seus ancestrais ajudaram a
formar.
A Secretaria Municipal de
Educação em conjunto com o NEAB (Núcleo de Estudo Afro Brasileiro), tem como
meta a formação de professores e educadores. As reuniões do NEAB ocorrem
semanalmente na Secretaria Municipal de Educação, desde o mês de maio de 2011. O
Núcleo de Estudo Afro Brasileiro tem como meta rever o processo pedagógico da
Educação Básica na cidade contando a verdadeira História Afro-brasileira
quebrando os paradigmas contra o preconceito racial. O NEAB tem a consciência da
necessidade de se buscar constantemente o embasamento teórico nesse trabalho,
por meio de pesquisa, análise de documentação, recuperação de acervo e regaste
histórico verbal e escrito, com avaliação constante do grupo paralelamente à
prática e a participação efetiva dos alunos e da comunidade.
O NEAB (Núcleo de
Estudo Afro Brasileiro de Araçatuba) tem por finalidade conhecer, estudar,
pesquisar, propor, adaptar
os livros didáticos, uma vez que os livros tradicionais falam de uma construção
histórica e cultural diferente da realidade. Precisamos fazer com que a lei
10.639/03 seja concretizada. O NEAB neste momento vem pesquisando livros,
recortes de jornais, cartilhas, Internet, para que possamos em breve ter a grade
curricular do Ensino Fundamental do Ensino de Araçatuba. Tudo passará pela capacitação,
formação dos professores e educadores para que repense a visão que possuem do
preconceito, da discriminação e do racismo. É preciso criar situações que
despertem o interesse das crianças para as desigualdades existentes no
mundo.
A história oficial foi
contada pelos colonizadores e dominadores. Conhecer a verdade, valorizar,
difundir e resgatar a cultura afro-brasileira através de ações transformadoras
por meio da arte, cultura e formação, para que se inicie um processo de mudança
e participação efetiva dos alunos e da
comunidade.
Caberá
ao corpo docente das escolas desenvolverem políticas de valorização dos alunos
afrodescendentes, combatendo desta maneira, toda intolerância racial, criando
campanhas de sensibilização da família, diminuindo ou extinguindo totalmente a
prática do “Bullying” no ambiente escolar.
O resultado final do
trabalho do NEAB (Núcleo de Estudo Afro Brasileiro) será a valorização da
Cultura e História da África, a luta contra o preconceito vivenciado no
cotidiano, e toda forma de discriminação no âmbito escolar.
Fazer com que as datas
comemorativas relativas aos afrodescendentes sejam consideradas momentos
de reflexão e não de comemoração. O NEAB, a sociedade brasileira, os governos
municipal, estadual e federal, devem assumir o seu papel para que as nossas
crianças vivam um pais onde a cidadania seja
plena.
PROPOSTAS:
· Levantamento de materiais para Estudos (livros, revistas, painéis, trabalhos já desenvolvidos).
· Dar continuidade na Semana da Consciência Negra palestra nas Escolas Municipais, Histórias da África.
· Levar para o espaço escolar a culinária, danças, capoeira, as tradições não somente a grade escolar.
· Levar mensagens em formas de histórias ao ensino básico.
· Resgatar junto à família do Professor Alvino Barbosa acervo da história da África.
· Continuidade da Exposição de trabalhos das Escolas Municipais na Semana da Consciência Negra.
· Comprometimento será de todas as Escolas do Munícipio na implantação da Lei 10.639/03.
· No próximo Encontro do Núcleo de Estudos apresentação do acervo da História da África.
· Com a implementação da Lei 10.639/03 teremos a oportunidade de aprender a verdadeira História da África, sem maquiagem.
· Maior envolvimento no Ensino Fundamental da verdadeira História da África elencando expectativas de Estudos.
· Não perder o foco nas discussões é o fundamental.
· Nas Escolas Infantis o ensino da diversidade e o pôr que das diferenças, e acima de tudo aceitar a si mesmo e aceitar o outro como ele e.
· Tornar o dia 20 de Novembro o dia da Consciência Negra como um momento para reflexões.
· Elaboração final de um currículo forte e robusto para a cidade de Araçatuba.
· A participação do SEST SENAT na Semana da Consciência Negra levando filme e debates.
· A apresentação de peças teatrais alusivas a Semana da Consciência Negra.
· Palestras com pais e alunos na Semana da Consciência Negra.
· Dizer a população o Pôr que? Do feriado do dia da Consciência Negra.
· Através da verdadeira história afro-brasileira, levar as crianças Afrodescendentes conhecer a sua origem.
· Somente com a implantação da lei 10.639/03 podemos fundamentar a temática racial.
· Ampliar o foco das discussões para não ficarmos presos na subjetividade.
· Ampliar a grade curricular e não somente ficar preso à questão da escravidão.
· Envolvimento de toda a escola no combate ao racismo, desde o mais o mais humilde funcionário até a direção.
· É preciso resgatar sem máscaras a contribuição dos Negros na formação da Cultura Brasileira.
· Mapeamento de Grupos de Danças Afros e ver a sua contribuição na Cultura local.
· Levantar para as próximas Reuniões as dúvidas pendentes, material pesquisado, por todos os envolvidos no Núcleo de Estudo, Secretaria Municipal de Educação, Associação Cultural Afro Brasileira, e Coordenadoria da Igualdade Racial.
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