O livro sobre a vida de
Aureliano Valadão Furquim, escrito pelo historiador Euclides Garcia Paes de
Almeida, pode servir de ponto de partida para o resgate da história dos
afrodescendentes de Araçatuba.
O livro traz uma excelente
narrativa sobre o período da fundação da cidade com grandes revelações sobre as
políticas de estado desenvolvidas para a população de origem nipônica, com
doações de terra, investimentos em educação e oportunidades de emprego na
cidade.
Há o relato do
enfrentamento com os Caingangues (população indígena que habitavam Araçatuba
antes da investida dos Bandeirantes e dos Grileiros da época).
A cidade foi fundada ente
o período de 10 anos após a abolição (Lei Áurea), não havendo nenhum relato
sobre as políticas voltadas para a população afrodescendente da região, muito
embora, grande parte das atividades estivessem caracterizadas como produção
agrícola e agropecuária.
Creio que dentro desta
lógica histórica, o Conselho da Promoção da Igualdade Racial de Araçatuba,
criado em fevereiro de 2014, por iniciativa do prefeito Cido Sério atendendo à
demanda do Movimento Negro local, poderia iniciar um estudo no sentido de
fundamentar os nossos argumentos em relação ao compromisso social que deve ser
assumido junto aos afrodescendentes e indígenas de Araçatuba, visando à criação
de políticas compensatórias permanentes e de valorização destes segmentos
sociais tão importantes.
Como sugestão ao COMPIR,
creio que deveríamos avaliar a possibilidade de realizarmos um seminário envolvendo
todos os segmentos interessados da população, com a participação do
historiador, escritor e professor, Euclides Garcia e do jornalista Maurício
Teixeira, que foi o editor e organizador do livro e que já foi secretário de
comunicação da atual administração municipal, com a mediação do doutor Ramatis
jacino, autor da obra “O Embranquecimento do Mercado do Trabalho”.
Acredito que com a
fundamentação histórica e social, tenhamos muito mais força para lutarmos por
políticas permanentes de estado na conquista dos nossos direitos.
(ACESSE MAIS INFORMAÇÕES NO LINK ABAIXO)
"A partir de 1912, a colonização de Araçatuba fez-se exclusivamente por imigrantes italianos e espanhóis, que ficavam mais na pequena área urbana do que na rural. Essa situação possibilitou a eles serem proprietários de terras negociadas pela Cia. San Paul Land Lamber, Colonization Company (a Cia dos ingleses) depois pela Cia. Rural".
TRECHO DO LIVRO DO HISTORIADOR EUCLIDES:
Autor: Euclides Garcia Paes de Almeida
Capítulo IV – As Origens de Araçatuba
Colonização e Economia (Página 67)
(Informo que atendendo pedido que me foi feito em dezembro de 2014, não estou enviando estas informações para o e-mail do presidente do Compir, de acordo com solicitação realizada pelo próprio).
“De Minha Janela
– Vida e História de Aureliano Valadão Furquim e Suas Realizações em
Araçatuba”.
Autor: Euclides Garcia Paes de Almeida
Capítulo IV – As Origens de Araçatuba
Colonização e Economia (Página 67)
A partir de 1912, a colonização de Araçatuba fez-se
exclusivamente por imigrantes italianos e espanhóis, que ficavam mais na
pequena área urbana do que na rural. Essa situação possibilitou a eles serem
proprietários de terras negociadas pela Cia. San Paul Land Lamber, Colonization
Company (a Cia dos ingleses) depois pela Cia. Rural.
Em 1915 começaram a chegar os japoneses, que tiveram
participação fundamental na história de Araçatuba, sendo que o município
chegou a ser a principal zona colonizada por eles no Estado de São Paulo. Cento
e quarenta e cinco famílias japonesas receberam 239 alqueires de terra para
plantar café, algodão e arroz-equivalente a 5,5 alqueires por família.
Editor: Euclides Garcia Paes de Almeida
Diagramação: Alexandre Junqueira
Revisão: Marcelo Henrique Teixeira Pinto
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