RELATÓRIO DO IV ENCONTRO NACIONAL DE
TÉCNICOS ADMINISTRATIVOS EM EDUCAÇÃO NEGROS E NEGRAS E MILITANTES ANTI-RACISMO
DAS UNIVERSIDADES BRASILEIRAS
BSB, 19
A 21/06/2008
PARTICIPANTES:
Direção Nacional: Luizão,
Rolando, Léia, João Paulo, Luiz Antonio, Graça, Vera, Paulo Henrique, Maria
Ângela e Loiva.
Convidadas pela
FASUBRA: Niversina e Jupiara.
Entidades de Base: Adil,
Marcelo, Socorro Marzola e Márcia Abreu (SINTFUB); Adilson (SISTA-MS);
Gilson e Eduardo (SINT-UFG); Cosme, Cléa, Gislene, Itamar, Janaina, José
Carlos, Maria do Carmo, Maria José, Marina, Rosangela e Yone (SINDIFES-BH);
Carlos Alberto, Jorge Luiz, Eliane, Noemi e Sebastião (SINTUFRJ);
Claudio Bezerra, Emanoel Catarino e Heleno (SINTEMA); Paulo Ronaldo (ASSUFSM);
Maria das Graças e Tereza Cristina (SINTUFCE); Gilson, Joana, Schakal,
Maria de Lourdes, Maria Marlene, Maria Schirley, Nara, Oneida, Orencio e Zoel (ASSUFRGS);
Girlaine, José Zilton, Marlúcia, Umberto e Noelma (SINTUFAL); Heloiza
Helena, Leila, Rute Helena (SINTUFF); João Teófilo e Luiz Carlos (SINTESAM);
Magna e Marisa, (SINTET-UFU); Ivanilda e José Kirk (SINTUR-RJ);
Loila e Maria Antonia (SINTE-MED); Rogério (SINTUFEJUF); Maria do
Socorro e Paulo (SINTUNFESP).
Outras
Entidades/Instituições: Edemilson Jorge Xavier (HU SM); Ivete
Rodrigues Macedo e Silva (UNIFESP); José Antonio Monteiro (CTB-AL);
Manoela Alves da Silva (AEC/BSB); Eliane Maria Pereira (UNEGRO);
José Roberto da Silva (COLÉGIO NOTRE-DAME); Paulo Costa (SINTRAJUFE);
Maria Corina Dantan e Chico Piauí (CÂMARA DOS DEPUTADOS).
79
participantes (dos quais 9 são de outros sindicatos, movimentos sociais,
representantes de instituições e de parlamentares)
17
Entidades de Base da Federação
DIA
19/06/2008
Realizado
entre os dias 19 a 21 de junho de 2008, o IV Encontro de Técnicos
Administrativos em Educação Negros e Negras e Militantes Anti-Racismo das
Universidades Brasileiras construiu um sólido debate sobre o movimento negro no
Brasil, sobre a construção de políticas para a promoção da igualdade racial,
ações afirmativas – em especial a política de cotas na educação - e como
construir táticas e ações para combater a discriminação dentro das Instituições
de Ensino Superior.
DIA
20/06/2008
09h00: “Movimento
Negro e o Movimento Sindical - Aliado ou Parceiro”
Debatedores:
Jacira da Silva (MNU), Marcos Benedito (Presidente do CNCDR/CUT) e
Emanoel Julio Vieira (UNEGRO)
Moderadora:
Yone Gonzaga
Relatora: Vera Miranda
Marcos Benedito (CNCDR/CUT) -
iniciou o debate apresentando o endereço do blog www.cncdr.zip.net onde se pode
encontrar todas as informações que envolve o movimento negro. Segundo ele, o
blog é constantemente alimentado com documentos, relatórios e documentações que
não caberiam todos os dias nos informes da CUT. Informou que a CNCDR possui
representantes em mais de 20 estados, incluindo o Distrito Federal, portanto, é
representativa. Continuando, afirmou que era preciso incorporar a idéia de que
a CNCDR tem que ser reconhecida como secretaria.
Argumentou que a discussão racial tem que ser encaminhada como algo importante. Sobre o tema: “movimento sindical e movimento negro - aliados ou parceiros”, propôs uma reflexão sobre o que significa ser aliado ou ser parceiro. Afirmou ter feito um apanhado de todas as coisas que o movimento sindical o movimento negro construíram juntos e que, só depois de saber o que aproxima e o que distancia na subjetividade, é que saberemos se somos parceiros ou aliados.
Para isto, é preciso saber qual a estratégia que une os dois movimentos. O que unifica é a luta contra a discriminação racial, a xenofobia, todos os tipos de racismos e intolerâncias correlatas em todas as suas dimensões e que o objetivo estratégico é a cidadania plena, sem racismos, com igualdade social e racial. O objetivo é ter todos os direitos que os negros não têm.
Argumentou que a discussão racial tem que ser encaminhada como algo importante. Sobre o tema: “movimento sindical e movimento negro - aliados ou parceiros”, propôs uma reflexão sobre o que significa ser aliado ou ser parceiro. Afirmou ter feito um apanhado de todas as coisas que o movimento sindical o movimento negro construíram juntos e que, só depois de saber o que aproxima e o que distancia na subjetividade, é que saberemos se somos parceiros ou aliados.
Para isto, é preciso saber qual a estratégia que une os dois movimentos. O que unifica é a luta contra a discriminação racial, a xenofobia, todos os tipos de racismos e intolerâncias correlatas em todas as suas dimensões e que o objetivo estratégico é a cidadania plena, sem racismos, com igualdade social e racial. O objetivo é ter todos os direitos que os negros não têm.
Os instrumentos para alcançar os objetivos
estratégicos são muitos e diversos. Alguns são ferramentas, outros são
discursos, outros são ações de denuncia, etc. Quanto ao 13 de maio, segundo
ele, não é um dia de comemoração e sim de denuncia - Dia Nacional de Denuncia
Contra o Racismo. Benedito disse que temos que nos apropriar do aconteceu em 13
de maio, saber que existiu mobilização e luta, saber que José do Patrocínio, um
ex-escravo, usou todos os seus recursos para libertar outros negros do
cativeiro. Ainda sobre datas, é preciso saber que o dia 20 de novembro,
comemorado como o Dia da Consciência Negra, surgiu da data 20 de novembro de
1625, dia em que Zumbi dos Palmares foi trucidado e morto.
Zumbi morreu pela libertação do povo negro e o 20 de novembro tem que ser reconhecido como o dia da nossa libertação verdadeira. O dia 20 de novembro deve se tornar um feriado nacional.
Zumbi morreu pela libertação do povo negro e o 20 de novembro tem que ser reconhecido como o dia da nossa libertação verdadeira. O dia 20 de novembro deve se tornar um feriado nacional.
Sobre as Cotas, Benedito disse que, se
alguém ou algum movimento é contra o PL 7399 que regulamenta as cotas, não é
aliado nem parceiro. Também argumentou que é preciso ajustar o PL 3198/00, que
institui o Estatuto da Igualdade Racial e que, se alguém for contra a aprovação
do Estatuto, não será nem aliado nem parceiro.
Outra luta que unifica é a implementação do
tratado de DURBAN e o plano de ação de DURBAN. Afirmou ser importante repassar
a experiência de DURBAN que é um compromisso de governo de implantar políticas
de promoção da igualdade étnico-racial em seus países.
Lembrou da ICERD, uma convenção proposta
pela ONU que busca a eliminação de todas as formas de discriminações, não
somente no mundo do trabalho. Afirmou que a implantação da ICERD no Brasil já
traria muitos avanços.
Continuando, lembrou as Convenções 100 e 111
da OIT, que tratam sobre igualdade salarial entre homens e mulheres. Ambas são
importantes ferramentas na luta pela promoção da igualdade e do combate ao
racismo.
Outra ferramenta importante para a
construção de políticas, elaborações de ações de combate ao racismo e para a
promoção da igualdade é a SEPPIR.
Quem discorda da SEPPIR não é aliado nem parceiro. O apoio à política de titulação das terras quilombolas também é ação que unifica. Quem for contra, não é parceiro nem aliado.
Quem discorda da SEPPIR não é aliado nem parceiro. O apoio à política de titulação das terras quilombolas também é ação que unifica. Quem for contra, não é parceiro nem aliado.
Sobre o Congresso de Negras e Negros do
Brasil (CONNEB), afirmou que todos deveriam estar dentro do debate. Argumentou
que este CONNEB tem que discutir o mercado de trabalho também e as centrais
sindicais estão fora do processo.
Disse que o movimento sindical está indo de carona no debate da religiosidade, da juventude e que, no tocante ao mercado de trabalho, nada se discute. Ainda sobre o CONNEB. Informou que o primeiro Congresso aconteceu em Belo Horizonte e que a FASUBRA estava oficialmente representada.
Disse que o movimento sindical está indo de carona no debate da religiosidade, da juventude e que, no tocante ao mercado de trabalho, nada se discute. Ainda sobre o CONNEB. Informou que o primeiro Congresso aconteceu em Belo Horizonte e que a FASUBRA estava oficialmente representada.

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