A CUT (Central Única dos Trabalhadores)
ocupa hoje, no Brasil e no mundo, um lugar destaque na elaboração de políticas
de combate ao racismo, graças ao envolvimento e o empenho de centenas de
militantes espalhados por todo o Brasil.
Dentre as políticas desenvolvidas no
interior da mContra a
Discriminação Racial), que possibilitou a criação, no último congresso, da SNCR
(Secretaria Nacional de Combate ao Racismo), a participação da militância
cutista na elaboração das políticas que culminaram com a criação da SEPPIR
(Secretaria Especial pela Promoção da Igualdade Racial) etc.
Estes são alguns exemplos inequívocos da atuação vanguardista na luta dos dirigentes da CUT pela Igualdade Racial.
No entanto, mesmo diante de todos os
avanços e conquistas alcançados principalmente após a participação dos
militantes anti-racismo da CUT no III Conferência Mundial de Combate ao
Racismo, Discriminação Racial, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerância
Correlata, realizada em Durban no ano de 2001, e da eleição de Luiz Inácio Lula
da Silva na Presidência da República em 2003, não podemos afirmar que o grau de
entendimento da importância do combate ao racismo, seja totalmente linear no
interior da CUT.
Pois sabemos, que uma central de
trabalhadores, assim como todas as organizações brasileiras, tende a refletir e
até mesmo em determinadas circunstâncias, reproduzir, os males existentes na
sociedade, e isto naturalmente, também ocorre em relação ao racismo e a outros tipos
de preconceitos enraigados na população brasileira.
Assim sendo, podemos chegar bem próximos da
realidade existente em cada Sindicato, cada Federação, Confederação e também na
Central, que é a constatação de que, da mesma maneira que existe a necessidade de
um investimento cada vez maior na educação, existe também esta mesma
necessidade específica em relação à capacitação e a formação dos dirigentes
sindicais.
Diante disto, proponho que o tema Igualdade
Racial, seja incorporada à grade das escolas de formação da CUT, convencido de
que ao propiciarmos uma formação voltada para a Igualdade Racial, estaremos
efetivamente sensibilizando, convencendo e envolvendo milhares de sindicalistas,
que hoje não consideram o combate ao racismo como algo tão relevante, na
conquista de uma sociedade mais justa e igualitária.
Sem discriminação, preconceito ou racismo.
Marcos Benedito
Nenhum comentário:
Postar um comentário